Tremeluz a luz de um poste
à flor d'água e vai traçando um rastro
não sei se submerso.
Cruzo a ponte sobre o rio
com a inquietude de quem quer parar,
detendo a lembrança
de um quando já foi,
e como, e onde.
Dizer da minha verdade
que parece tanto
que ela não é mais nem menos.
O profundo mais profundo
está, no fundo, à flor d'água,
na superfície, onde flutuam insetos
e a lua se reflete.
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