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Foto do escritorirenegenecco

Segunda-feira

Atualizado: 26 de abr.


Marten Bjork

Sinto na carne a gastura da rotina

em cada dobra ruga e dia

velha moça me’nina,

onde o limite?

A roda do tempo esmigalha

a paciência a calma a ternura.

No cinza da cidade o suor

o pão a calamidade

o grande teste de sanidade

onde quem passa é herói.

Nada permanece retém detém,

onde o repouso?

Cá estou eu despida de Deus

jogada nesta Terrice

numa mesmice de dias.

Na pele o ver’me, no sangue o micróbio

na carne o gérmen da esperança

do futuro do infinito...

Que bonito!

Mas aí vem a roda do corcel,

o silvo do guarda na sinaleira

é segunda-feira.

Rói o rato a roupa do rei

a’corda a fibra do coração

o descanso o repouso corrói,

ah, como dói!



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