O Bosque Encantado
- irenegenecco
- 23 de jun.
- 1 min de leitura
Foi no bosque do quadro na parede,
entre plátanos, girassóis,
a estradinha de terra entre colinas
e o céu azul rosado do entardecer.
Foi ali que compreendi
Que nasci pra sentir
E que sentir é uma coisa boa
Mesmo não o sendo tão boa a coisa...
Lembrei da tua silhueta
Teu porte alto e forte
Teu rosto de mansidão
Com olhos curiosos de menino.
E a marotice da meninice
Me cativou , e cativa quedei,
Olhando o quadro que me chama
Em ondas esfumaçadas.
Te tornaste minha âncora
E te ancorei no meu regaço,
Te fizestes mar, e céu, e horizontes
Vertigens, brumas e desejos.
Lanço meu corpo inteiro no futuro
De um beijo, uma carícia, um cochicho
Ao pé do ouvido, que se emaranha
Em meus cabelos. E se ilumina o escuro.
E sinto pela vez primeira
- como é o amanhecer de cada dia –
Que te pertenço pra eternidade.
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