Antes das casas, cascas,
paredes, rebocos, tintas,
havia uma alma nua, errante,
oh, Vladimir!
Quero dormir sobre meus pertences,
saco de molambos carregado às costas,
caracol humano que não deixa rastro.
Nas ruas de outrora, outra hora de ant’antes,
chão batido, pés desnudos de alicerces,
tendas, com tendas, panos, pós,
pés de vento.
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