Saudade não é só uma palavra.
Vibra nalgum lugar no meu corpo
E se expande de tal forma
Que já não sei mais se sai de mim,
Ou se está fora e vem das coisas
Que já não são.
Aquele espaço que se forma quando se estende os braços
E se fecham em círculo:
Pronto! Eis a saudade...
Mas não é nada disto.
Não há palavra que a defina,
Toda a explicação a reduz
E o que resta é arremedo.
Pôr na ausência a fantasia
E dar corpo liquefeito
Ao gesto sólido e concreto.
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