Sou recém-nascido ontem e o já velho hoje.
Trafego em vai-e-vem, de um extremo a outro,
meu rosto folhado, massa doce, pão ázimo...
folheado como um livro apócrifo.
Prefácio e epílogo se põem como escoras
em extremidades que percorro em horas,
dias de meu tempo, numa esfera azul,
de tangentes frágeis, braços e pernas,
que dançam.
Istambul...
Todos os dramas me contêm, tragicômicos às vezes,
ou mitologicamente agregados no meu cerne,
germe de um mito que migra no tempo,
para espanto da moderna idade...
Asas riscam obtusos voos,
e agudas dores se vão traçando,
no céu de estrelas foscas,
de uma tela sideral.
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