Penso cá com meus botões
os senões do tal em vão...
Será que são?
Acho que não.
Porque vão é sempre eles
nunca eu ou nós,
se do verbo ir falamos.
Porque este é partir ou ficar
Sorrir ou chorar,
nunca ser pleno,
sereno e por inteiro.
Porque primeiro quer-se ir
mas metade quer ficar...
Sobre o outro vão, é vazio.
Frio estar em lugar nenhum,
um a um dos sonhos
que se vão...
São vãos que se vão,
sem nunca terem sido
num desejo incontido
de alguma coisa ser...
neste leve frêmito congênito de ser
que nunca é.
Meu pé imóvel que balança e dança só.
Pó de um mortal.
Vão de irem, sempre eles, nunca eu,
Vazio de ficar e não ir também...
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