Se esfarela o cristal
pelo sopro da brisa
O cristal sou eu
O sopro da brisa és tu.
É que querias ver-te
No que para ti é ‘tu’.
E eu no que
Sou eu em ti’do.
Sou quem passa
És quem fica.
Porque para mim
És tu’do que existe.
Que sou senão
Rastro do teus olhos?
É neles que a luz se expande
Em tu’s que para ti
São sempre eu’s,
Para mim eterno Eu-Tu.
Que sou eu senão
registros de alma tua?
Que sei eu de maravilhas
Senão em ti?
E de que eu saberia
Senão vincada em Eu
Que tu’do é?
Beautiful Irene!