A cerração cerra os olhos da cidade,
fumaça fria que invade
me desce sobre os muros,
paredes, batidas, martelos
pedreiros, pássaros, castelos.
Amanhece, liberdade!
Pedreiro livre pra bater seus pregos,
egos que ecoam pelos corredores.
pássaro livre pra voar seus cantos.
Eu pássaro, pedreiro, pedra.
Eu que ouço, e vejo,
e sinto, e penso.
Eu que caio e afundo. Eu mundo.
Que aborreço, estremeço, e salto,
e amarro, e danço,
e grito e bato manso,
como bate o sol na manhã
do inverno que me bate à pele.
Muito Inspirada