
Tu me chamas do fundo nas falésias caminhos solitários
âmago de eus que aflora domingos de sol batido
no perfil das faces sombra de flor miúda
esmagada no peso do meu pé.
Dá que se abra a porta dos meus anos
e eu ad’entre mágico azul etern’idade
pele do sopro que me deste flor da pele
em cânt’aros de água pura
que aplaca todas as sedes.
Não beba eu cálice de amarguras
noite es’cura pele dos meus ossos
que me car’regam Homo erectus
ponto angular pedra do meu sangue.
Mas se quiseres digo sim
gota a gota
fel que me entranha a língua
res’suscita-me!
Faz em mim Tua pa’lavra
campos de trigo que hão de vir
eterna’mente hoje-sempre
vento que sopras vela do meu barco.
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